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Vol. 88. Núm. 6.
Páginas 823-840 (Novembro - Dezembro 2022)
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Vol. 88. Núm. 6.
Páginas 823-840 (Novembro - Dezembro 2022)
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Auditory Processing DomainsQuestionnaire (APDQ): versão em português do Brasil
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Karin Ziliotto Diasa,
Autor para correspondência
karin.ziliotto@gmail.com

Autor para correspondência.
, Cynthia Harumi Yokoyamab, Maria Madalena Canina Pinheiroc, Joel de Braga Juniord, Liliane Desgualdo Pereiraa, Brian O‘Harae
a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Departamento de Fonoaudiologia, São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Departamento de Fonoaudiologia, Especialização em Audiologia, São Paulo, SP, Brasil
c Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Fonoaudiologia, Florianópolis, SC, Brasil
d Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Curso de Pós‐Graduação em Fonoaudiologia, Florianópolis, SC, Brasil
e Pediatra Comportamental do Desenvolvimento, Honolulu, Estados Unidos
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Resumo
Objetivo

Determinar a fidelidade, confiabilidade e validade interna do Auditory Processing DomainsQuestionnaire quando traduzido do inglês para o português brasileiro.

Método

A primeira fase incluiu a tradução do Auditory Processing DomainsQuestionnaire para o português do Brasil, inclusive tradução direta, avaliação da tradução e retrotradução em um grupo de 10 estudantes. A segunda fase incluiu o estabelecimento da consistência interna e confiabilidade da versão em português do Brasil do Auditory Processing DomainsQuestionnaire. Os dados foram coletados de 66 estudantes sem fator de risco para alteração do processamento auditivo. Os indivíduos foram divididos em um grupo mais jovem (7‐10 anos) e um grupo mais velho (11‐17 anos).

Resultados

Todos os itens apresentaram qualidade adequada em termos de tradução. Na determinação da consistência interna, o alfa de Cronbach nas subescalas de processamento auditivo, atenção e linguagem foi de 0,93, 0,85 e 0,74, respectivamente. O coeficiente de correlação intraclasse para o escore total foi de 0,95, garantiu uma forte confiabilidade teste‐reteste.

Conclusão

A versão em português do Brasil do Auditory Processing DomainsQuestionnaire apresenta qualidade de tradução, validade interna e confiabilidade favoráveis. O questionário encontra‐se agora pronto para estudos contínuos como uma ferramenta de triagem diferencial para crianças brasileiras de 7 a 17 anos com dificuldades auditivas que correm risco de transtorno de processamento auditivo, déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem de linguagem.

Palavras‐chave:
Percepção auditiva
Pesquisas e questionários
Audição
Atenção
Criança
Texto Completo
Introdução

O processamento auditivo central (PAC) refere‐se às funções do sistema nervoso auditivo central (SNAC), que analisa informações auditivas e envolve a análise e a interpretação de estímulos sonoros.1,2

O transtorno do processamento auditivo central (TPAC) é reconhecido como uma entidade clínica desde 2005,2 o que significa que a condição tem características distintas e finitas, com critérios diagnósticos claramente referenciados. A American Speech‐Language‐Hearing Association (ASHA) estabelece que o TPAC refere‐se a dificuldades no processamento da informação auditiva no sistema nervoso central e na atividade neurobiológica subjacente a esse processo, que gera potenciais auditivos eletrofisiológicos.2

Os comportamentos observados em crianças com TPAC incluem dificuldades auditivas, escolares e sociais.3–8

Recentemente, tem havido muita controvérsia sobre o reconhecimento do TPAC como uma entidade clínica única nos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito à sobreposição de manifestações clínicas com outros distúrbios, dúvidas sobre se é um déficit principalmente neurossensorial top‐down ou bottom‐up e uma incapacidade da comunidade científica de chegar a um consenso sobre o diagnóstico e o planejamento da intervenção.9–12

De qualquer forma, o diagnóstico de PAC tem sido feito através de testes comportamentais com o objetivo de avaliar os mecanismos auditivos e testes eletrofisiológicos para avaliar a integridade da via auditiva central. 2,3

As diretrizes internacionais e as declarações de consenso sobre PAC 2,3,9,13–15 recomendam o uso de questionários e escalas para identificar indivíduos em risco para TPAC, pois elas fornecem informações sobre os déficits de comunicação do indivíduo e o impacto funcional no desempenho de comunicação, acadêmico ou profissional do indivíduo.

Vários questionários que investigam habilidades auditivas têm sido desenvolvidos e/ou estudados na literatura internacional, com excelentes características psicométricas e com grande potencial para detectar indivíduos com probabilidade de apresentar TPAC.11,16–18 Embora os questionários sejam usados por 75% dos fonoaudiólogos educacionais nos Estados Unidos para investigar questões relacionadas ao TPAC,19 há divergências sobre a validade dos questionários, graus de sensibilidade e especificidade para TPAC, dificuldade na leitura e interpretação das questões10 e em relação ao fato de não fazerem uma triagem diferencial com outros transtornos, como atenção e linguagem.

No Brasil, há uma escassez de questionários com rigor metodológico em português do Brasil, destinados a auxiliar na triagem e delineamento clínico dos transtornos do processamento auditivo.20,21

Com o objetivo de desenvolver um instrumento para auxiliar no diagnóstico de TPAC e diferenciar crianças em risco para TPAC daquelas com maior probabilidade de apresentar transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou distúrbio de linguagem, a Brian O’Hara, em 2007, desenvolveu um questionário denominado The Auditory Processing Domains Questionnaire (APDQ) com o objetivo de identificar indivíduos que possam ter TPAC devido às dificuldades auditivas que apresentam. O APDQ avalia as habilidades auditivas, problemas auditivos, habilidades de linguagem e alguns aspectos da atenção.

O instrumento APDQ foi criado, apresentado e validado nos Estados Unidos, no estado do Havaí, incluiu 280 indivíduos, com 198 controles normais.22 Os níveis de sensibilidade e especificidade estavam acima de 80% na capacidade de identificar corretamente os controles normais e os 3 grupos clínicos, inclusive TPA, TDAH e dificuldades de linguagem/aprendizagem. Foi traduzido para vários idiomas, inclusive norueguês, espanhol, francês, turco e persa.23

Apesar de ser um dos questionários recomendados pelas diversas diretrizes e declarações de consensos sobre processamento auditivo,15,24 poucos relatos22,23,25 estudaram o APDQ e ele não foi traduzido para o português do Brasil.

O presente estudo teve como objetivo traduzir, adaptar e determinar a validade e confiabilidade do APDQ em português do Brasil.

Método

Trata‐se de um estudo descritivo e exploratório para validação do questionário. Foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sob o número 27920214.8.0000.5505 e feito em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os responsáveis legais dos estudantes selecionados assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, concordaram em participar da pesquisa, e os alunos assinaram o termo de assentimento livre e esclarecido. A pesquisa começou em 2014, mas a análise final foi concluída em 2020.

Participantes

Na primeira fase de aplicação do questionário, 10 crianças entre 9 e 17 anos sem queixas de comunicação foram incluídas. Na segunda fase, o questionário foi aplicado a 66 estudantes das cidades de São Paulo e Florianópolis, entre 7 e 17 anos, sem queixas de audição, comunicação, linguagem oral ou escrita, memória ou aprendizagem. Além disso, eles não apresentavam problemas de saúde pré ou perinatal, histórico de atraso de linguagem, infecções otológicas recorrentes ou outros problemas relacionados.

O autor do questionário APDQ autorizou o uso para essa pesquisa (Apêndice A).

Material

O APDQ22 foi traduzido e adaptado para o português do Brasil, de acordo com os passos descritos abaixo:

  • autor do questionário foi contatado e aprovou a tradução e uso do APDQ em uma população brasileira.

  • Tradução inicial: Os itens do APDQ na versão em inglês foram inicialmente traduzidos para o português do Brasil por duas fonoaudiólogas brasileiras bilíngues independentes, cientes do objetivo desta pesquisa. As duas traduções foram comparadas pelos tradutores e coordenadores do estudo e, em caso de divergências, foram feitas modificações até chegar a um consenso sobre a tradução inicial (versão 1 em português do Brasil) (Apêndice B).

  • Avaliação da tradução inicial (retrotradução): A versão inicial foi traduzida para o inglês por uma professora de inglês americano e por outra fonoaudióloga bilíngue, que não participou da etapa anterior. Posteriormente, as duas versões em inglês foram comparadas com o instrumento original em inglês e as discrepâncias existentes foram documentadas e analisadas. Assim, foi produzida uma versão em inglês da tradução do APDQ para o português do Brasil. Essa versão em inglês foi aprovada pelo autor do APDQ e, além disso, ele enviou uma versão atualizada do APDQ de 2014.

  • Após a aprovação da versão traduzida, a versão 1 em português do Brasil recebeu alguns ajustes com base na versão atualizada do autor e foi gerada a versão 2 em português do Brasil. Para esse propósito, um comitê de especialistas em audiologia e fonoaudiologia fez a revisão e ajustes da tradução.

  • Avaliação da equivalência cultural: O questionário em português do Brasil foi aplicado aos pais de dez alunos, sem queixas de comunicação. A cada uma das 52 questões em português do Brasil em sua versão 2, foi acrescentada a opção “não se aplica”, para identificar equívocos ou questões feitas de forma irregular por nossa população e, portanto, consideradas culturalmente inadequadas. As questões com escore acima de 15% para uma resposta “não se aplica” eram selecionadas e avaliadas para serem substituídas por outras do mesmo conceito. Entretanto, nenhuma questão recebeu “não se aplica” como resposta e, portanto, chegou‐se à versão final do questionário (Apêndice C).

O desempenho do aluno foi avaliado em cada uma das questões, com uma escala de 4 pontos. A pontuação foi feita da seguinte forma: quatro pontos se o comportamento for observado na maioria das vezes; três pontos se o comportamento for observado com frequência; um ponto se o comportamento for observado algumas vezes e zero ponto se o comportamento for observado raramente.

O questionário é composto por três domínios: processamento auditivo (escala AP) com 31 itens; atenção (escala ATT) com 10 itens (um sobreposto à escala AP) e linguagem (escala LANG) com 11 itens (um sobreposto à escala AP). A quarta escala é denominada processamento auditivo alvo (TAP, Targeted Auditory Processing), composta por 18 itens de decodificação auditiva (questões 5, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 21, 23, 27, 32, 34, 35, 36, 37, 49, 51 e 52) e usada como proxy do domínio processamento auditivo para fins de pesquisa ou nos casos em que seja necessário o preenchimento manual da planilha de escore.

Dessa forma, os pontos máximos que podem ser obtidos em cada domínio são 124, 40 e 44, respectivamente para processamento auditivo, atenção e linguagem (tabela 1).

Tabela 1.

Número de itens do questionário separados por domínio

Domínios  Questões 
Processamento auditivo  3, 4, 5, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 18, 21, 22, 23, 27, 28, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 39, 40, 43, 44, 45, 46, 47, 49, 51, 52 
Atenção  1, 3, 6, 14, 17, 20, 24, 29, 31, 42 
Linguagem  7, 16, 19, 25, 26, 28, 30, 38, 41, 48 e 50 
TAP  5, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 21, 23, 27, 32, 34, 35, 36, 37, 49, 51, e 52 

Os escores de desempenho apresentados em porcentagem (percentil bruto) por domínio são calculados da seguinte forma: escoretotalobtidonosquestoesdodadodominio4×oescoremaximonaqueiedominio×100

Portanto, após a coleta de dados, as respostas foram registradas em uma planilha Excel que calcula todos os escores em cada domínio e gera um escore em porcentagem (percentil bruto). Uma classificação desse percentual de acordo com um percentil (percentil de classificação) também é calculada, como demonstrado na figura 1. Para informações detalhadas sobre o cálculo dos escores, recomendamos a leitura do artigo no qual os autores publicaram o questionário.22

Figura 1.

Formulário de relatório do APDQ do arquivo Excel.

(1,23MB).

Após um intervalo de 15 dias, o questionário foi retestado. Foi solicitado aos responsáveis legais dos 66 alunos que participaram da primeira fase que avaliassem novamente o questionário. Ressalta‐se que o avaliador não interferiu em qualquer das etapas.

Estatística

Os dados do presente estudo foram armazenados em planilhas do Microsoft Excel (2019) e as análises foram feitas com o software The Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 25.0.

Foram apresentadas as variáveis categóricas com seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) e variáveis contínuas. O teste U de Mann‐Whitney foi aplicado para avaliar as diferenças entre as medianas dos grupos.

Na análise da consistência interna do instrumento foi usado o coeficiente Alpha de Cronbach.26,27 Para confiabilidade externa, foram usados o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e o coeficiente de correlação de Pearson.28,29 O nível de significância foi estabelecido em 5%.

Resultados

Para o desenvolvimento da versão em português do Brasil do APDQ, na primeira fase deste estudo, o questionário APDQ em sua versão 2 foi aplicado aos pais de dez alunos de 9 a 17 anos, sete do sexo feminino e três do masculino. Como todos os itens do questionário foram totalmente compreendidos, consideramos que uma versão aceitável do questionário havia sido alcançada.

Na segunda fase, participaram do estudo 66 alunos, a maioria dos participantes do sexo feminino (62,1%), entre 7 e 10 anos (56,1%) e matriculados no ensino fundamental (78,8%). Em relação aos entrevistados, as mães representaram 89,4% deles mesmos. Além disso, em relação à escolaridade, maior proporção de pais e/ou responsáveis (87,87%) relatou ter, no mínimo, ensino superior completo (tabela 2).

Tabela 2.

Descrição das características da amostra (n=66)

Variáveis  Total
  IC95% 
Sexo
Feminino  41  62,1  49,6 – 73,2 
Masculino  25  37,9  26,7 – 50,3 
Faixa etária
7 a 10 anos  37  56,1  43,6 – 67,7 
11 a 17 anos  29  43,9  32,2 – 56,3 
Ano escolar
1o ao 4o ano  27  40,9  29,4 – 53,3 
5o ao 9o ano  25  37,9  26,7 – 50,3 
10o ao 12o ano  13  19,7  11,6 – 31,3 
Ensino superior (matriculado)  1,5  0,2 – 10,4 
Pessoa que preencheu o questionário
Pai  6,1  2,2 – 15,4 
Mãe  59  89,4  79,1 – 94,9 
Professor(a)  ‐  ‐  ‐ 
Outra  4,5  1,4 – 13,2 
Nível de escolaridade do respondente
Ensino Médio incompleto  ‐  ‐  ‐ 
Ensino Médio completo  10,6  5,0 – 20,9 
Graduação incompleta  1,5  1,2 – 10,4 
Graduação completa  37  56,1  43,6 – 67,7 
Pós‐graduação incompleta  6,1  2,2 – 15,4 
Pós‐graduação completa  17  25,7  16,4 – 37,9 

n, Número de participantes; %, Porcentagem; IC, Intervalo de Confiança.

Ao estratificar por faixas etárias, o grupo mais velho (11 a 17 anos) apresentou os maiores escores totais medianos e escores percentuais medianos (escore bruto) em todos os domínios quando comparado ao grupo mais jovem, com diferença estatisticamente significante nos domínios processamento auditivo e atenção (tabela 3).

Tabela 3.

Médias e medianas dos escores totais e escores em porcentagem (escore bruto) de acordo com as faixas etárias e domínios do questionário

Escores  7 a 10 anos(n=37)  11 a 17 anos(n=29)  p‐valora  Total 
Média do AP (DP)  106,73 (13,10)  113,80 (10,31)  0,003a  109,70 (12,12) 
Mín – Máx  56 – 120  79 – 120    56 – 120 
Mediana do AP  111,00  118,00    114,00 
Média da ATT (DP)  26,00 (6,41)  28,75 (3,59)  0,047a  27,21 (5,51) 
Mín – Máx  10 – 33  20 – 32    10 – 33 
Mediana da ATT  28,00  30,00    29,00 
Média da LANG (DP)  41,47 (3,05)  42,48 (3,23)  0,084  41,91 (3,15) 
Min – Max  33 – 44  28 – 44    28 – 44 
Mediana da LANG  43.00  44.00    43.00 
Escore bruto  7 a 10 anos (n=37)  11 a 17 anos (n=29)  p valora  Total 
Média do AP (DP)  88,78 (12,98)  94,17 (9,69)  0,004a  91,15 (11,87) 
Mín – Máx  33 – 100  56 – 100    33 – 100 
Mediana do AP  93,00  98,00    96,00 
Média da ATT (DP)  79,98 (19,73)  89,45 (11,96)  0,026a  84,14 (17,31) 
Mín – Máx  31 – 100  61 – 100    31 – 100 
Mediana da ATT  88,00  94,00    89,00 
Média da LANG (DP)  94,47 (6,91)  96,55 (7,35)  0,080  95,38 (7,13) 
Mín – Máx  75 – 100  64 – 100    64 – 100 
Mediana da LANG  98,00  100,00    98,00 
Média do TAP (DP)  87,84 (13,21)  94,13 (8,97)  0,004a  90,60 (11,88) 
Mín – Máx  33 – 100  62 – 100    33 – 100 
Mediana do TAP  92,00  97,00    95,00 

AP, domínio Processamento Auditivo; ATT, domínio Atenção; LANG, domínio Linguagem; TAP, Processamento Auditivo Alvo; DP, Desvio‐Padrão; Mín, Mínimo; Máx, Máximo.

a

p‐valor para o Teste U de Mann‐Whitney.

A tabela 4 mostra o número de participantes de acordo com a classificação do percentil de escore da escala (percentil bruto), calculado pelo instrumento original. Em ambas as faixas etárias, a maioria dos indivíduos concentrou‐se na faixa do percentil 90.

Tabela 4.

Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e Correlação de Pearson (CP) para o teste e reteste do questionário, de acordo com os domínios processamento auditivo, atenção e linguagem (n=25)

Domínios  CCIp  Pearson  p 
  IC 95%     
    Limite inferior  Limite superior    R total   
Processamento auditivo  0,94  0,87  0,97  <0,001     
Atenção  0,72  0,36  0,87  0,001     
Linguagem  0,93  0,85  0,97  <0,001     
Escore total  0,95  0,90  0,98  <0,001  0,93  <0,001 

CCI, Coeficiente de Correlação Intraclasse; IC, Intervalos de Confiança; R, coeficiente de correlação de Pearson.

Em relação à confiabilidade interna do questionário, o coeficiente alfa de Cronbach revelou resultados confiáveis para os domínios processamento auditivo, atenção e linguagem, com os respectivos escores de 0,93, 0,85 e 0,74.

Vinte e cinco pais (37,87%) desse grupo reavaliaram seus questionários após um intervalo de quinze dias para verificar a confiabilidade do reteste. A tabela 4 mostra os resultados das medidas que avaliaram a confiabilidade externa do questionário. A análise feita através do coeficiente intraclasse mostrou excelentes resultados para os domínios processamento auditivo (R=0,94) e linguagem (R=0,93) (p <0,001) e resultado substancial para o domínio atenção (R =0,72) (p=0,001). A correlação de Pearson calculada para o escore total indicou forte confiabilidade teste‐reteste.

Discussão

Em relação aos 66 participantes dessa pesquisa, foi observado que a maioria era do sexo feminino, representava uma proporção de quase 2:1 em relação aos participantes do sexo masculino. Embora o presente estudo não tenha descrito uma população representativa em termos de proporção sexo masculino‐feminino, outros estudos que aplicaram o APDQ não encontraram interferência do gênero nos resultados de crianças sem queixas de TPAC.22,25

A maioria dos indivíduos que respondeu ao questionário na última etapa da avaliação da equivalência cultural (87,87%) tinha no mínimo ensino superior completo. Esse nível de escolaridade corresponde a 12,5% da população brasileira em 2020.30 Esses dados podem ter influenciado a compreensão dos respondentes sobre os itens do questionário, contribuiu para as boas respostas obtidas e assim corroborou a expectativa de ter mais de 85% dos participantes que não tiveram dificuldades de compreensão das questões.31

A estratificação por faixa etária foi feita de acordo com a publicação original do questionário APDQ, que apresenta média e mediana do escore total e escore percentual separadamente nas duas faixas etárias apresentadas neste estudo,22 pois a idade é um fator significante para os três domínios do questionário. O presente estudo verificou que houve diferença significante à medida que a faixa etária aumentava para o escore total e os escores brutos para os domínios atenção e processamento auditivo, o que está de acordo de um estudo que aplicou o APDQ em escolares de 8 a12 anos de idade.25

Ressalta‐se que as habilidades auditivas dos estudantes na faixa etária mais jovem são inferiores aos maiores de 11/12 anos, que é a mesma idade do pico de desempenho nos testes de PAC e do presumido pico de maturidade do sistema nervoso auditivo central. Isso significa que as respostas nessa faixa etária mais avançada são semelhantes às obtidas em indivíduos adultos32,33 e, portanto, a bateria de testes comportamentais para identificar o TPAC deve considerar a idade das crianças a serem avaliadas.34,35 Estudos também mostram que o substrato neural relacionado à atenção também muda com a idade,36 demonstra que o nível de atenção das crianças aumenta com a idade.37,38 À medida que a criança se desenvolve e enfrenta maiores demandas, ocorrem mudanças significantes no processamento de informações e habilidades atencionais, que levam a um aumento da capacidade atencional, indica um desenvolvimento neuronal permanente.39–41 Os testes neuropsicológicos também apresentam diferentes critérios para cada faixa etária no domínio atenção.

As médias das escalas de processamento auditivo e atenção e DP obtidas nesse estudo (tabela 3) estão ligeiramente acima das do estudo original americano.22,23 Nesse estudo, o domínio atenção apresentou os menores escores médios, corroborou os achados do estudo original dos EUA. No estudo de validação do APDQ para o persa com alunos de 8 a 12 anos, os escores para todos os domínios foram muito semelhantes, mas os controles normais apresentaram escores ligeiramente mais baixos no domínio linguagem, diferiram dos achados originais dos EUA e do presente estudo.25

De acordo com o estudo original dos EUA, crianças de 7 a 10 anos com escores na escala percentual perfeita, abaixo de 68%, 61% e 79% para processamento auditivo, atenção e linguagem, respectivamente, são consideradas de risco clínico moderado.22 Esses achados foram confirmados no estudo persa que aplicou o APDQ em estudantes com e sem suspeita de TPAC. As crianças com suspeita de TPAC, de acordo com os resultados do APDQ, apresentaram escores significantemente menores em relação aos controles normais. Os escores médios para os domínios processamento auditivo, atenção e linguagem foram respectivamente: 67, 61 e 64.25 Esse resultado da triagem foi posteriormente confirmado por escores de testes auditivos comportamentais subnormais, inclusive o teste dicótico de dígitos e teste de fala no ruído sugestivos de TPAC.

Para participantes de 11 a 17 anos, os escores da escala abaixo de 72%, 69% e 82% para processamento auditivo, atenção e linguagem são considerados de risco e devem ser encaminhados para testes diagnósticos.22 A maioria dos estudantes dessa pesquisa foi classificada no percentil 90 (fig. 2). Vale ressaltar que apenas os indivíduos que não apresentavam fator de risco foram incluídos, com base nos itens listados na primeira página do questionário APDQ, o que certamente contribuiu para a formação de um grupo com desenvolvimento típico e sem evidência de TPAC ou outros diagnósticos clínicos.

Figura 2.

Número de crianças de acordo com o percentil, faixa etária e domínio do questionário. Processamento Auditivo (escala AP); Atenção (escala ATT); Idioma (escala LANG); TAP (Processamento Auditivo Alvo).

(0,13MB).

O TPAC ocorre frequentemente com outros transtornos de aprendizagem ou desenvolvimento, o déficit de linguagem e alfabetização é o mais frequente.3,6,15 O questionário APDQ demonstrou sua capacidade de diferenciar entre três grupos clínicos: aqueles com transtorno do processamento auditivo, transtorno do déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem, com valores de sensibilidade e especificidade acima de 80%, segundo dados obtidos da publicação do autor sobre o questionário22 e de outros estudos.25 Assim, o APDQ pode ser uma ferramenta valiosa na abordagem da criança com queixas auditivas. É possível que algumas dessas crianças preencham os critérios de triagem para fatores de risco de atenção ou aprendizagem. Os dados obtidos com a aplicação do APDQ podem sugerir que outras avaliações devam ser feitas.25

O Coeficiente Alfa de Cronbach, que avaliou a consistência interna das respostas do questionário, apresentou forte correlação para todos os domínios. A confiabilidade dos itens do questionário obtidos nesse estudo são semelhantes àquelas encontradas pelos autores do estudo original,22 que apresentou 0,96 para o domínio processamento auditivo e 0,88 para os domínios atenção e linguagem, em consonância com os domínios do estudo persa, que apresentaram as medidas de 0,92, 0,86 e 0,88 para os domínios processamento auditivo, atenção e linguagem, respectivamente.23

Da mesma forma, a análise da confiabilidade externa foi adequada, mostrou que não houve mudanças significativas nas respostas do teste‐reteste. Nos demais estudos de adaptação cultural, as medidas mostraram‐se muito semelhantes às do presente estudo (tabela 4), reforçaram a alta probabilidade de obter os mesmos resultados se o instrumento for aplicado novamente na mesma população.

Uma revisão sistemática21 mostrou a escassez de instrumentos estudados validados para o português do Brasil que obedecem às regras previamente estabelecidas para tradução e validação de questionários.16,42–45 Nesse contexto, acredita‐se que o estudo contribui para ampliar a possibilidade de uso de questionários em avaliações de TPAC, possibilita seu uso na prática clínica e na pesquisa.

As informações obtidas através de questionários bem estruturados sobre o comportamento auditivo da criança podem ser muito úteis na identificação precoce de discrepâncias no processamento da informação auditiva, o que então indica o caminho para avaliações diagnósticas adequadas e oportunidades de tratamento. Entretanto, destacamos que isso não deve ser feito como única forma de diagnóstico. Além disso, recomendamos a feitura de mais pesquisas que usem o APDQ em diferentes populações com diagnósticos clínicos e grupos de controle.

Recentemente, o questionário sofreu pequenas modificações, nas quais as questões foram revisadas e atualizadas e uma nova versão do questionário com 50 questões foi oferecida pela loja online da Education Audiology Association em Pittsburgh Pensilvânia em conjunto com o software de escore ou manual do usuário. Dessa forma, pesquisas estão sendo feitas em diferentes populações para dar continuidade aos estudos que envolvem o instrumento de triagem.

Neste estudo, uma versão em português do Brasil do questionário APDQ foi obtida através de um processo de tradução e validação. A próxima etapa inclui a aplicação do APDQ em grupos de crianças com e sem transtorno do processamento auditivo, déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem de linguagem.

Finalmente, mais pesquisas são necessárias para avaliar o desempenho do questionário em diferentes grupos patológicos, bem como em indivíduos adultos. Além disso, sugere‐se a aplicação do instrumento em indivíduos com diferentes níveis socioeconômicos e educacionais.

Conclusão

De acordo com os resultados deste estudo, a versão em português do Brasil do APDQ apresenta excelentes parâmetros de tradução, adaptação, validação e confiabilidade.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

Agradecimentos

A todas as famílias que colaboraram para a feitura deste estudo.

Apêndice B
Versão 1 do questionário APDQ – The Auditory Processing Domain Questionnaire – Traduzido para o português.

Questionário dos Domínios do Processamento Auditivo 
Para pais e professores de estudantes de 7 a 17 anos. 
Instruções: 
Este questionário revisa as habilidades auditivas do dia a dia de um estudante. Linguagem, atenção e habilidades auditivas são importantes.Favor avaliar o desempenho do estudante em cada um dos itens abaixo baseado em suas observações. Lembre‐se do que é esperado para ele ou ela na sua idade. O termo “ambientes ruidosos” refere‐se aos ruídos de fundo de TV, vozes, música, máquinas, etc. Ruídos leves a moderados podem interferir na habilidade de ouvir palavras corretamente. “Ouvir corretamente” significa ouvir as declarações corretamente, sem precisar de repetições. 
Assinale: 
Coluna 1: se a habilidade for observada regularmente (mais de 75%) 
Coluna 2: se a habilidade for observada frequentemente (mais de 50%) 
Coluna 3: se a habilidade for observada algumas vezes (menos de 50%) 
Coluna 4: se a habilidade for observada raramente (menos de 25%) 
Avalie todos os itens – escreva N/A se for incapaz. 
  Quase sempre (mais de 75%)  Frequen‐temente (mais de 50%)  Às vezes (menos de 50%)  Raramente (menos de 25%) 
1. Presta bem atenção quando conversa com uma única pessoa.         
2. Presta bem atenção ao ouvir em ambientes silenciosos na presença de outras pessoas (refeições, reuniões, aulas etc.).         
3. Presta bem atenção ao ouvir em ambientes ruidosos na presença de outras pessoas (refeições, reuniões, aulas, etc).         
4. Não tem dificuldade em ouvir o que você fala – ouve corretamente quando presta bastante atenção em ambientes silenciosos.         
5. Não tem dificuldade em ouvir o que você fala – ouve corretamente quando presta bastante atenção em ambientes ruidosos.         
6. Dedica um tempo para ouvir cuidadosamente e corretamente uma informação importante.         
7. Compreende instruções faladas quando o ambiente está silencioso.         
8. Compreende instruções faladas quando o ambiente está ruidoso.         
9. Compreende os outros quando conversa em locais cheios e com eco – academias, refeitórios, shoppings.         
10. Consegue entender a sua conversa enquanto outra acontece ao lado (em festas, refeições e outras reuniões).         
11. Se interessado, consegue te ouvir corretamente enquanto faz outra coisa (vídeo‐games, pequenas tarefas, assistindo TV etc.).         
12. Consegue ouvir corretamente e atentamente sem pistas visuais (sem ver a face, gestos, imagens do falante etc.).         
13. Consegue ouvir corretamente enquanto realiza uma tarefa visual relacionada ‐ verificando uma página ou o quadro‐negro e tomando notas (se for mais velho).         
14. Concentra‐se bem – ignora distrações quando faz atividades que não exigem ouvir (estudar, outras tarefas).         
15. Concentra‐se bem – ignora distrações quando ouve histórias e apresentações.         
16. Compreende instruções escritas (conforme esperado para a idade).         
17. Não se cansa facilmente quando estuda por longos períodos – (boceja ou brinca com as mãos ‐ considere idade).         
18. Não se cansa facilmente quando escuta por longos períodos (boceja ou brinca com as mãos – considere idade).         
19. Consegue explicar coisas razoavelmente bem durante conversas.         
20. Concentra‐se em coisas importantes – completa tarefas mesmo que não sejam urgentes ou muito interessantes (para ele/ela).         
21. Ouve bem as palavras quando o falante está de costas ou está atrás dele/dela.         
22. Não fala “ãhn?”, “o quê?” ou necessita repetições quando conversa com interesse em ambientes silenciosos.         
23. Não fala “ãhn?”, “o quê?” ou necessita repetições quando conversa com interesse em ambientes ruidosos.         
24. Presta atenção a detalhes – evita erros por descuido quando faz a tarefa escolar.         
25. Compreende e usa frases mais longas e complexas (conforme esperado para a idade).         
26. Compreende e responde prontamente a perguntas em ambientes silenciosos (quando atento).         
27. Compreende e responde prontamente a perguntas em ambientes ruidosos (quando atento).         
28. Consegue seguir instruções orais mais complexas, com etapas ou sequências (conforme esperado para a idade).         
29. Organiza tarefas e atividades para realizá‐las de uma maneira ordenada e em tempo (conforme esperado para a idade).         
30. Compreende e usa gírias comuns para sua idade (sou fera, é da hora, etc).         
31. Não perde ou esquece de fazer as atividades do dia‐a‐dia (não é avoado).         
32. Compreende pessoas que falam palavras de forma menos clara (rápido ou enrolado, com sotaques etc.).         
33. Compreende de vozes suaves a altas dos falantes.         
34. Ouve bem ao telefone sem precisar de repetição (incluindo nomes e números).         
35. Consegue ouvir as pessoas (e a televisão) corretamente a uma distância de 2 metros, aproximadamente.         
36. Não ouve errado nem confunde palavras com som parecido em ambientes ruidosos (como faca e vaca, sessenta e setenta).         
37. Compreende instruções em ambientes ruidosos quando presta bastante atenção ao falante.         
38. Usa novas palavras corretamente logo depois de aprendê‐las (conforme esperado para a idade).         
39. Consegue emitir os sons que formam uma palavra para ajudar na soletração ou corrigir erros de soletração: (conforme esperado para a idade).         
40. Consegue emitir os sons que formam uma palavra e falar palavras não‐familiares corretamente quando está aprendendo a lê‐las (conforme esperado para a idade).         
41. Consegue ler e compreender histórias em uma boa velocidade (conforme esperado para a idade)         
42. Controla prontamente impulsos e agitação a fim de evitar situações perigosas e que podem aborrecer.         
43. Lembra de detalhes de instruções ou pedidos feitos verbalmente, pouco tempo depois, sem a necessidade de repetição.         
44. Aprende bem as coisas ouvindo – sem precisar muito de mais explicações ou de apoio visual.         
45. Segue prontamente padrões rítmicos e de entonação de fala ao recitar versos, reproduzir uma música batendo palmas ou cantarolando, etc.         
46. Varia a própria voz para dar ênfase, falar com clareza e parecer mais agradável.         
47. Interpreta comentários e segue instruções prontamente levando em consideração “como” as pessoas falam (percebe diferentes tons de voz, ênfase em palavras chaves etc.).         
48. Compreende o que é falado sem precisar de palavras mais simples (conforme esperado para a idade).         
49. Ouve bem sem precisar aumentar o volume das coisas (aumentar o volume da televisão, sentar‐se mais perto ou pedir que falem mais alto).         
50. Consegue falar relativamente rápido e sem problemas, para a idade (sem uso de “ãhn” ou pausas para encontrar palavras e ideias).         
51. Ouve bem as pessoas sem precisar controlar tanto os ruídos ambientais (presta atenção mesmo sem ter que desligar o rádio, fechar janelas, trocar de lugar etc.).         
52. Não é necessário que falem mais devagar e claramente para ajudá‐lo a ouvir corretamente.         
INFORMAÇÕES PESSOAIS               
1. Data: ____/____/____               
2. Idade do estudante: ______anos e ______ meses               
4. Escolaridade: _____               
5. Pessoa que preenche o questionário:               
1. Data: ____/____/____               
() pai  () mãe  () professor(a)  () outro         
6. Raça do estudante (pode marcar mais de um, porém circule o principal, se possível):               
() branca  () preta  () amarela  () indígena  () parda () sem declaração       
7. Escolaridade do pai: __________________               
8. Escolaridade da mãe: _________________               
9. Assinale o grau da sua preocupação com as habilidades auditivas do estudante:               
() nenhuma  () leve  () moderada  ()alta         
10. Assinale quando uma ou mais das condições ou serviços abaixo ocorreram para o estudante:               
a. () Educação especial               
b. () Dificuldade de aprendizagem               
c. () Dislexia (ou Distúrbio de Aquisição da Linguagem)               
d. () Histórico de atraso de fala/linguagem ou de terapia fonoaudiológica               
e. () Perda Auditiva permanente               
() Usa prótese auditiva  () Não usa prótese auditiva  ‐ () Unilateral  () Bilateral  ‐ () Leve  () Moderada  () Severa  () Profunda f. () Aprendeu o português como segunda língua após os 5 anos de idade 
g. () Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade               
Toma medicamento: () sim  () não h. () Otites médias crônicas ou cirurgias no ouvido             
i. () Icterícia ao nascimento               
() leve  () moderada  () severo           
j. () Distúrbio do Processamento Auditivo               
k. () Autismo/Síndrome de Asperger               
l. () Atraso do desenvolvimento (retardo mental)               
m. () Nenhuma das alternativas               

Apêndice C
Versão final do The Auditory Processing Domains Questionnaire (APDQ) em português.

Instruções: 
Este questionário revisa as habilidades auditivas do dia a dia de um estudante. Linguagem, atenção e habilidades auditivas são importantes. 
Favor avaliar o desempenho do estudante em cada um dos itens abaixo baseado em suas observações. Lembre‐se do que é esperado para ele ou ela na sua idade. O termo “ambientes ruidosos” refere‐se aos ruídos de fundo de TV, vozes, música, máquinas etc. Ruídos leves a moderados podem interferir na habilidade de ouvir palavras corretamente. “Ouvir corretamente” significa ouvir as declarações corretamente, sem precisar de repetições. 
Assinale: 
Coluna 1: se a habilidade for observada regularmente (mais de 75%) 
Coluna 2: se a habilidade for observada frequentemente (mais de 50%) 
Coluna 3: se a habilidade for observada algumas vezes (menos de 50%) 
Coluna 4: se a habilidade for observada raramente (menos de 25%) 
Avalie todos os itens – escreva N/A se for incapaz. 
  Quase sempre (mais de 75%)  Frequen‐temente (mais de 50%)  Às vezes (menos de 50%)  Rara‐mente (menos de 25%) 
1. Presta bem atenção quando conversa com uma única pessoa.         
2. Presta bem atenção ao ouvir em ambientes silenciosos na presença de outras pessoas (refeições, reuniões, aulas, etc).         
3. Presta bem atenção ao ouvir em ambientes ruidosos na presença de outras pessoas (refeições, reuniões, aulas, etc).         
4. Não tem dificuldade em ouvir suas palavras corretamente, quando presta bastante atenção em ambientes silenciosos.         
5. Não tem dificuldade em ouvir suas palavras corretamente, quando presta bastante atenção em ambientes ruidosos.         
6. Dedica um tempo para ouvir cuidadosamente e corretamente uma informação importante.         
7. Compreende instruções faladas quando o ambiente está silencioso.         
8. Compreende instruções faladas quando o ambiente está ruidoso.         
9. Compreende os outros quando está em locais grandes com eco ‐ academias, refeitórios, shoppings.         
10. Consegue entender a sua conversa enquanto outra acontece ao lado (em festas, refeições e outras reuniões).         
11. Se interessado, consegue te ouvir corretamente enquanto faz outra coisa (vídeo‐games, pequenas tarefas, assistindo TV, etc).         
12. Consegue ouvir corretamente sem pistas visuais (sem ver a face, gestos, imagens do falante, etc).         
13. Consegue, ao mesmo tempo, olhar e ouvir corretamente ‐ verificar uma página ou o quadro‐negro e tomar notas (se for mais velho).         
14. Concentra‐se bem quando faz atividades que não exigem ouvir (estudar, outras tarefas).         
15. Concentra‐se bem quando ouve histórias e apresentações.         
16. Compreende instruções escritas (conforme esperado para a idade).         
17. Não se cansa facilmente quando estuda – (boceja ou brinca com as mãos ‐ considere idade).         
18. Não se cansa facilmente quando escuta (boceja ou brinca com as mãos – considere idade).         
19. Consegue explicar coisas razoavelmente bem durante conversas.         
20. Concentra‐se em tarefas mesmo que não sejam urgentes ou muito interessantes (para ele/ela).         
21. Ouve bem as palavras quando o falante está de costas ou está atrás dele/dela.         
22. Não fala “ãhn?”, “o quê?” ou necessita repetições quando conversa com interesse em ambientes silenciosos.         
23. Não fala “ãhn?”, “o quê?” ou necessita repetições quando conversa com interesse em ambientes ruidosos.         
24. Presta atenção a detalhes – evita erros por descuido quando faz a tarefa escolar.         
25. Compreende e usa frases mais longas e complexas (conforme esperado para a idade).         
26. Compreende e responde prontamente a perguntas em ambientes silenciosos (quando atento).         
27. Compreende e responde prontamente a perguntas em ambientes ruidosos (quando atento).         
28. Consegue seguir instruções orais, com etapas ou sequências (conforme esperado para a idade).         
29. Organiza tarefas e atividades para realizá‐las em tempo (conforme esperado para a idade).         
30. Compreende e usa gírias comuns para sua idade (sou fera, é da hora, etc).         
31. Não perde ou esquece de fazer as atividades do dia‐a‐dia (não é avoado).         
32. Compreende pessoas que falam palavras de forma menos clara (rápido ou enrolado, com sotaques, etc).         
33. Compreende vozes suaves ou altas dos falantes.         
34. Ouve bem ao telefone sem precisar que a informação seja repetida (incluindo nomes e números).         
35. Consegue ouvir as pessoas (e a televisão) corretamente a uma distância de 2 metros, aproximadamente.         
36. Não ouve errado nem confunde palavras com som parecido (como faca e vaca, sessenta e setenta).         
37. Compreende instruções em ambientes ruidosos quando presta bastante atenção ao falante.         
38. Lembra e usa novas palavras corretamente (conforme esperado para a idade).         
39. Consegue emitir corretamente os sons que formam uma palavra para ajudar na soletração (conforme esperado para a idade).         
40. Consegue emitir os sons que formam uma palavra e falar palavras não‐familiares corretamente quando está aprendendo a lê‐las (conforme esperado para a idade).         
41. Consegue ler e compreender histórias em uma boa velocidade (conforme esperado para a idade)         
42. Controla prontamente impulsos e agitação a fim de evitar situações perigosas e que podem aborrecer.         
43. Lembra de detalhes de instruções ou pedidos feitos verbalmente, pouco tempo depois, sem a necessidade de repetição.         
44. Aprende bem as coisas ouvindo – sem precisar muito de mais explicações ou de apoio visual.         
45. Segue prontamente padrões rítmicos e de entonação ao reproduzir uma música batendo palmas ou cantarolando, etc.         
46. Varia a própria voz para dar ênfase, falar com clareza e parecer mais agradável.         
47. Reconhece “como” as coisas foram ditas ao interpretar comentários e seguir instruções (percebe diferentes tons de voz, ênfase em palavras chaves, etc).         
48. Compreende o que é falado sem precisar de palavras mais simples (conforme esperado para a idade).         
49. Ouve bem sem precisar aumentar o volume das coisas (aumentar o volume da televisão, sentar mais perto ou pedir que falem mais alto).         
50. Consegue falar facilmente e sem problemas, para a idade (sem uso de “ãhn” ou pausas para encontrar palavras e ideias).         
51. Ouve bem as pessoas sem precisar controlar os ruídos “extras” (presta atenção mesmo sem ter que desligar o rádio ou máquinas, fechar janelas, trocar de lugar, etc).         
52. Há pouca necessidade de que falem mais devagar e claramente para ajudá‐lo a ouvir corretamente.         
INFORMAÇÕES PESSOAIS               
1. Data: ____/____/____               
2. Idade do estudante: ______anos e ______ meses               
3. Sexo:______  4. Escolaridade:______________             
5. Pessoa que preenche o questionário:               
() pai  () mãe  () professor(a)  () outro         
6. Raça do estudante (pode marcar mais de um, porém circule o principal, se possível):               
() branca  () preta  () amarela  () indígena  () parda () sem declaração       
7. Escolaridade do pai: __________________               
8. Escolaridade da mãe: _________________               
9. Assinale o grau da sua preocupação com as habilidades auditivas do estudante:               
() nenhuma  () leve  () moderada  ()alta         
10. Assinale quando uma ou mais das condições ou serviços abaixo ocorreram para o estudante:               
a. () Educação especial               
b. () Dificuldade de aprendizagem               
c. () Dislexia (ou Distúrbio de Aquisição da Linguagem)               
d. () Histórico de atraso de fala/linguagem ou de terapia fonoaudiológica               
e. () Perda Auditiva permanente               
() usa prótese auditiva  () não usa prótese auditiva  ‐ () unilateral  () bilateral  () leve  () moderada  () severa  () profunda 
f. () Aprendeu o português como segunda língua após os 5 anos de idade               
g. () Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade               
Toma medicamento: () sim  () não             
h. () Otites médias crônicas ou cirurgias no ouvido.               
i. () Icterícia ao nascimento               
() Leve  () Moderada  () Severo           
j. () Distúrbio do Processamento Auditivo               
k. () Autismo/Síndrome de Asperger               
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m. () Nenhuma das alternativas               

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Como citar este artigo: Dias KZ, Yokoyama CH, Pinheiro MM, Braga Junior J, Pereira LD, O‘Hara B. The Auditory Processing Domains Questionnaire (APDQ): Brazilian‐Portuguese version. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:823–40.

Estudo realizado no Curso de Especialização em Audiologia, Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil.

A revisão por pares é da responsabilidade da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico‐Facial.

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Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
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