TY - JOUR T1 - Predictive factors for oropharyngeal dysphagia after prolonged orotracheal intubation JO - Brazilian Journal of Otorhinolaryngology T2 - AU - Oliveira,Ana Carolina Martins de AU - Friche,Amélia Augusta de Lima AU - Salomão,Marina Silva AU - Bougo,Graziela Chamarelli AU - Vicente,Laélia Cristina Caseiro SN - 25300539 M3 - 10.1016/j.bjorlp.2017.10.013 DO - 10.1016/j.bjorlp.2017.10.013 UR - http://www.bjorl.org/pt-predictive-factors-for-oropharyngeal-dysphagia-articulo-S2530053917303000 AB - IntroduçãoLesões na cavidade oral, faringe e laringe, em virtude de intubação endotraqueal, podem causar redução da motricidade e da sensibilidade local e comprometer o processo da deglutição, determinando disfagia orofaríngea. ObjetivoVerificar os fatores preditivos do desenvolvimento de disfagia orofaríngea e risco de aspiração em pacientes pós‐intubação orotraqueal prolongada internados em uma unidade de terapia intensiva. MétodoEstudo observacional, analítico, de delineamento transversal e retrospectivo de coleta de dados de 181 prontuários eletrônicos, de pacientes submetidos à intubação orotraqueal prolongada. Foram coletadas informações referentes a idade; sexo; doença de base, comorbidades associadas; tempo e motivo da intubação orotraqueal; Escala Glasgow no dia da avaliação fonoaudiológica; compreensão; qualidade vocal; presença de disfagia e a gravidade; risco de broncoaspiração; e via oral sugerida. Os dados foram analisados por meio da regressão logística. Adotou-se o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. ResultadosA prevalência de disfagia neste estudo foi de 35,9% e de risco de aspiração de 24,9%. O aumento da idade, a qualidade vocal alterada e o grau de comprometimento da voz elevam os riscos de presença em disfagia em 5; 45,4 e 6,7 vezes, respectivamente, e de aspiração em 6; 36,4 e 4,8 vezes. Já o aumento do tempo de intubação orotraqueal elevou em 5,5 vezes o risco de aspiração. ConclusãoPacientes submetidos a intubação prolongada que apresentam os fatores de risco relacionados às disfagia e aspiração devem ser submetidos a avaliação fonoaudiológica precoce e receber conduta adequada em tempo hábil. O reconhecimento desses fatores preditivos por toda a equipe multidisciplinar pode minimizar as possibilidades de complicações clínicas inerentes ao risco de disfagia e aspiração em pacientes extubados. ER -