TY - JOUR T1 - Olfactory and taste disorders in COVID‐19: a systematic review JO - Brazilian Journal of Otorhinolaryngology T2 - AU - da Costa,Klinger V.T. AU - Carnaúba,Aline Tenório Lins AU - Rocha,Katianne Wanderley AU - Andrade,Kelly Cristina Lira de AU - Ferreira,Sonia M.S. AU - Menezes,Pedro de L. SN - 25300539 M3 - 10.1016/j.bjorlp.2020.09.014 DO - 10.1016/j.bjorlp.2020.09.014 UR - http://www.bjorl.org/pt-olfactory-taste-disorders-in-covid19-articulo-S2530053920301309 AB - IntroduçãoO vírus SARS‐CoV‐2 causa a COVID‐19 e é responsável pela maior pandemia desde o surto de influenza H1N1 de 1918. Os sintomas clássicos da doença já foram bem definidos pela Organização Mundial da Saúde; entretanto, distúrbios olfativo‐gustativos têm sido relatados em alguns estudos, mas ainda com várias lacunas no entendimento e no consenso sobre a condução clínica desses casos. ObjetivoIdentificar evidências na literatura científica sobre os distúrbios olfativo‐gustativos acerca da apresentação clínica, prevalência e possíveis tratamentos específicos associados à COVID‐19. MétodoRevisão sistemática de artigos publicados até 25 de abril de 2020 nas bases de dados: Medline, Cochrane Clinical Trials, ScienceDirect, Lilacs, Scopus e Google Schoolar, OpenGrey.eu, DissOnline, The New York Academy of Medicine e Research Gate. Foram critérios de inclusão: 1) Estudos com indivíduos com COVID‐19; 2) Registro dos sinais/sintomas da COVID‐19 e das funções olfativo‐gustativa. Foram critérios de exclusão: 1) Estudos sobre coronavírus não humano; 2) Artigos de revisão; 3) Estudos experimentais (em animais ou in vitro); 4) Distúrbios olfativos‐gustativos iniciados previamente à infecção pelo SARS‐CoV‐2. A avaliação de risco de viés dos estudos selecionados foi feita por meio da escala de Newcastle‐Ottawa. ResultadosSeis artigos dos 1.788 registros foram selecionados. Um total de 1.457 pacientes de diversas etnias foi avaliado; desses, 885 (60,7%) apresentaram perda do olfato e 822 (56,4%) perda do paladar, sendo as mulheres as mais afetadas. Os distúrbios olfativo‐gustativos estiveram presentes mesmo sem obstrução nasal/rinorreia e com início mesmo antes dos sinais/sintomas clínicos da COVID‐19; a recuperação do olfato/paladar, quando ocorre, geralmente se dá nas duas primeiras semanas após a resolução da doença. Há evidências de que os distúrbios olfativo‐gustativos sejam fortes preditores de infecção pelo SARS‐CoV‐2, podendo‐se recomendar o isolamento do paciente, já a partir da consulta médica, para evitar a disseminação do vírus. Não foram identificadas evidências científicas para tratamentos eficazes para qualquer dos distúrbios. ConclusãoPodem ocorrer distúrbios olfativo‐gustativos em intensidades variáveis e prévios aos sintomas gerais da COVID‐19, devem ser considerados como parte dos sintomas da doença, mesmo em quadros leves. Não há ainda evidências científicas de tratamentos específicos para tais distúrbios na COVID‐19. ER -