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Vol. 80. Núm. 2.
Páginas 95 (Março 2014)
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Avaliação otoneurológica: a boa prática
Otoneurological evaluation: current good practice
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Denise Utsch Gonçalvesa, Fernando Freitas Ganançab, Marco Aurélio Bottinoc, Mario Edvin Gretersd, Mauricio Malavasi Ganançae, Raquel Mezzaliraf, Roseli Saraiva Moreira Bittarg, Sergio Albertinoh
a Ambulatório de Otoneurologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
b Ambulatório de Otoneurologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
c Setor de Otoneurologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
d Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. Departmento de Otorrinolaringologia, Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Campinas, SP, Brasil
e Departmento de Otorrinolaringologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil. Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, SP, Brasil
f Disciplina de Otorrinolaringologia Cabeça e Pescoço, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil. Clínica de Otorrinolaringologia, Instituto Penido Burnier, Campinas, SP, Brazil
g Setor de Otoneurologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
h Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ, Brazil
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Atualmente, a otoneurologia é entendida como o estudo e avaliação do equilíbrio corporal. Sendo assim, as avaliações de outrora foram complementadas por uma série de exames e procedimentos que, em conjunto, avaliam o complexo sistema de equilíbrio. A audiometria e a imitanciometria são partes integrantes da avaliação otoneurológica, ao lado da avaliação vestibular.

A avaliação vestibular clássica consta de três etapas:

1. Anamnese;

2. Testes de observação direta, que compreendem o equilíbrio estático e dinâmico, as provas de coordenação e os testes do reflexo vestíbulo ocular (impulso cefálico, desvio da linha do olhar, nistagmo espontâneo e semiespontâneo);

3. Oculografia, avaliação monitorizada por eletrodos ou óculos de infravermelho, que compreendem o nistagmo espontâneo, semiespontâneo e fixação ocular; a oculomotricidade (sacadas, rastreio e nistagmo optocinético); os testes posicionais e de posicionamento e a prova calórica (PC) bilateral quente e fria, com intervalos adequados entre as estimulações.

A parte técnica da oculografia não possui significado clínico sem a anamnese e o exame físico do doente, pois a interpretação deste depende da avaliação conjunta e da interação entre sintoma e sinal oculográfico. Portanto, a participação do médico é condição necessária para uma conclusão adequada. A execução da avaliação otoneurológica completa tem a duração aproximada de uma hora, na ausência de intercorrências.

A PC fornece informação a respeito do funcionamento do canal semicircular lateral após estímulo térmico e costuma estar alterada nos casos de falência vestibular periférica uni ou bilateral. O exemplo clássico de alteração da prova calórica é a neurite vestibular, em que observamos a hiporreflexia pós-estimulação. No entanto, a PC pode estar normal em várias vestibulopatias. Entre os diagnósticos otoneurológicos que podem apresentar PC normal estão a migrânea, a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), a tontura crônica subjetiva ou doenças em que ocorra flutuação da função vestibular (como a Doença de Menière em seu período de remissão). Portanto, a prova calórica como exame isolado pode não diagnosticar várias doenças do sistema vestibular. É necessária a avaliação médica para que sejam formuladas hipóteses claras e fundamentadas com a finalidade de emitir laudos e indicar exames complementares que confirmem a doença em questão. Entre esses outros exames estão a posturografia, os testes eletrofisiológicos, o videoteste do impulso cefálico, a cadeira pendular e os exames de imagem.


☆ Como citar este artigo: Gonçalves DU, Ganança FF, Bottino MA, Greters ME, Ganança MM, Mezzalira R, et al. Otoneurological evaluation: current good practice. Braz J Otorhinolaryngol. 2014;80:95.

DOI se refere ao artigo: 10.5935/1808-8694.20140020

E-mail: raquelmezzalira@uol.com.br (R. Mezzalira).

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Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
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